A tentativa de privatização do Palácio Capanema, antigo MEC e MinC, é mais um assombro do desmonte do Governo Bolsonaro que afeta o direito ao patrimônio público, a memória e a própria história do Brasil.
O edifício que é marco da Arquitetura Moderna seria a “estrela de um ´feirão de imóveis´” da União (Valor Econômico, 13/08/2021, Daniel Rittner) a ser anunciado no Rio de Janeiro no próximo dia 27.
A Secretaria Estadual de Cultura do Partido dos Trabalhadores é veementemente contra mais esse acinte em que coloca o Palácio Gustavo Capanema sob ameaça.
O valor deste edifício é incalculável. Quanto vale um prédio concebido, projetado e construído para ser um símbolo da cultura nacional? O edifício sobre pilotis pousa elegantemente na esplanada com jardins de Roberto Burle Marx e a escultura Juventude de Bruno Giorgio. No térreo, revestido com painéis de azulejos de Candido Portinari, encontram-se as obras de Prometeu e o Abutre de Jacques Lipchitz. Por tudo isso, a sede do ministério passou a ser denominada, na década de 1970, Palácio Cultura.
Portanto, a Secult PT-RJ orienta a sua militância e sua bancada de parlamentares a seguir firme na defesa e salvaguarda desse importante monumento histórico e artístico da humanidade.
*Fernanda Camargo
Secretaria Estadual de Cultura do PT-RJ*