por Dimas Gadelha
O aprofundamento da cris econômica a partir de 2016 trouxe uma realidade de eliminação e precarização dos empregos a milhões de brasileiros, que foi fundamental para moldar na sociedade uma nova percepção do mercado de trabalho.
Os empregos formais com carteira assinada, antes majoritários, minguaram. E hoje a informalidade – ou os “corres” por conta própria, como a rapaziada gosta de dizer – é a regra na maioria das metrópoles do país que têm um contingente cada vez maior de trabalhadores por aplicativos, MEIs e de empreendedores sem nenhum tipo de apoio ou orientação, que preferem apostar tudo no próprio negócio para melhorar a renda do mês.
Na região metropolitana do Rio de Janeiro, por exemplo, o grosso dos empregos formais não paga mais do que 1,5 salário mínimo líquido, em sua grande maioria concentrados no comércio e na área de serviços devido ao esvaziamento industrial, principalmente no setor naval vinculado à cadeia produtiva do óleo e gás de grande valor agregado, o que permite maior remuneração média aos trabalhadores.
O problema é tão grave, que nem um diploma de ensino superior serve como “salvo conduto” desta realidade. Por essa e outras razões históricas, o Rio bate recordes de trabalhadores informais e “uberizados”.
Sensível a esses problemas, o governo Lula tem agido em dois grandes eixos para alavancar o crescimento do país: o primeiro, na construção de um novo marco fiscal, já aprovado pelo Congresso; e, o segundo, com o PAC 3.0 e seus exuberantes R$ 1,7 trilhão de investimentos até 2026. Essa engenharia do governo possibilitou, dentre outras iniciativas importantes, o retorno da política de valorização do salário mínimo, ratificada nesta semana.
São boas notícias que apontam para retomada do crescimento econômico e do espetáculo do emprego com carteira assinada. Mas o governo vai além.
Ontem (29/8), no Conversa com o presidente, foi anunciado a criação do Ministério da Pequena e Média Empresa que, de acordo com Lula, vai cuidar de quem precisa de crédito e de oportunidades para criar e tocar com sustentabilidade o seu negócio. E, ao mesmo tempo, para que não feche as portas com menos de 1 ano de funcionamento, como acontece com a maioria das empresas, segundo o Sebrae.
Há, de fato, um número considerável de pessoas que preferem trabalhar por conta própria. Isso é real. E, por esse motivo, cabe ao poder público e aos governos em suas múltipals esferas, criar mecanismos de apoio ao empreendedorismo, com orientação e qualificação para o tipo de negócio escolhido e, principalmente oferta de crédito.
Outro golaço do presidente! Que sabe aproveitar as oportunidades que muitos julgam adversas para transformar o limão da política em limonada para o bem-estar dos brasileiros..Lula foi, novamente, o craque do jogo.
E, como Deputado Federal, vou dialogar com o novo Ministério e com o Sebrae para buscar apoios para a realização de cursos de formação para ajudar os milhares de empreendedores de nossa São Gonçalo e de toda região metropolitana para que alcancem sucesso nos seus empreendimentos.
Estou em Brasília para isso, conectado com todos o programas nacionais que beneficiem verdadeiramente o nosso povo.