Defender o governo Lula, derrotar o bolsonarismo e fortalecer o PT

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O ano de 2023 é marcado pelo início do governo Lula e as ofensivas políticas e ideológicas da extrema direita e do neoliberalismo. É contra estas duas forças que a militância petista terá que se organizar e ampliar a mobilização popular para fazer avançar o nosso projeto de mudança e sustentar o governo Lula. A história recente nos ensinou que é preciso articular Governo-PT-Movimento Social sem perder a autonomia de cada um e tendo a compreensão dos diferentes papéis dos mesmos.

A extrema direita, liderada pelo clã Bolsonaro e com apoio de setores das FFAA, tentou dar um golpe em 08 de janeiro, mantém a sua atuação nas redes sociais e a intensa produção de fake news, realiza ininterruptamente a disputa ideológica e não perde oportunidades de fazer luta política – como a CPI do MST.

Combater e derrotar o neoliberalismo é parte da luta contra a extrema direita. O programa de austeridade neoliberal hoje se expressa nas altas taxas de juros praticadas pelo BC. Esse programa econômico é um obstáculo para realização das principais promessas do governo Lula: geração de emprego e renda, erradicação da fome, e melhoria dos serviços públicos. Outra dimensão do neoliberalismo é a resistência em pôr os pobres no orçamento e os ricos no imposto de renda. Essa é a lógica básica da reforma tributária necessária.

Esse contexto exige que cada dirigente e militante de esquerda intensifique a sua dedicação. Precisamos de mais mobilização e organização do que tínhamos nas eleições, não menos.

Em quatro meses o presidente Lula já executou várias promessas importantes. Podemos destacar as recentes valorização do salário mínimo e a ampliação da isenção do imposto de renda. Mas é preciso ter consciência que aquelas três grandes promessas citadas acima, levarão mais tempo e só se concretizarão com a sustentação popular do governo para adoção de medidas que afetam os poderosos. Portanto, é preciso muito trabalho de base, formação política, comunicação ágil e inteligente, e Diretórios Municipais atuantes.

Bolsonaro a cada dia se complica perante à Justiça, mas ainda mantém altas taxas de popularidade e as ideias bolsonaristas possuem muita força na sociedade brasileira e fluminense. Além disso, temos o Centrão estocando o governo.

No RJ, temos um governador alinhado à Bolsonaro, mas que faz uma oposição de baixa intensidade ao governo Lula. A razão é que o estado depende muito do governo federal, logo, não é racional um confronto aberto. Ainda mais agora em que Cláudio Castro torrou o dinheiro da entrega vergonhosa da Cedae aos empresários, com a sua reeleição, seja iniciando obras nos municípios que não terminarão, seja via o escândalo do Ceperj e os cargos secretos.

Castro mantém uma política de segurança de “tiro na cabecinha” e de extermínio da juventude negra e periférica. Cortou verbas para as políticas públicas para as mulheres que prejudica o enfretamento à violências de gênero e ao feminicídio. Mantém isenções e benefícios fiscais aos amigos e poderosos, sem projeto efetivo de desenvolvimento do estado do Rio de Janeiro. Hipocritamente reclama do governo federal a perda de arrecadação por conta das isenções de ICMS dos combustíveis, omitindo que deu apoio à tal medida para ajudar na sua reeleição de governador e na tentativa de reeleição de Bolsonaro.

Neste cenário, cada dirigenta e dirigente, cada militante político, cada ativista social deve priorizar e se empenhar nas lutas sociais em seus territórios. Fortalecer e ampliar os Comitês Populares de Luta, investir na formação política contínua, construir pautas unitárias de luta, articular e qualificar a militância virtual, iniciar os preparativos para 2024 com nitidez da diferença entre alianças táticas das estratégicas, são tarefas que devem nortear a nossa ação e o nosso compromisso político no próximo período.

06 de maio de 2023
Comissão Executiva Estadual
PT-RJ

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