Entrevista com Rodrigo Mondego

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Rodrigo Mondego ficou conhecido como o advogado dos direitos humanos, depois de se dedicar a defender diversas vítimas de violência do estado, como a família de Ágatha Felix e de Moïse Kabagambe. Ele conta que quer defender os direitos humanos na Alerj e lutar contra a barbárie e a violência que tomou conta do Rio de Janeiro.

PT-RJ: Rodrigo, fale um pouco sobre quem é você. Como e quando decidiu entrar para a política?

Rodrigo: Então, sou Rodrigo Mondego, advogado dos direitos humanos, mas posso me qualificar também como militante de direitos humanos com a carteira da OAB, que se interessou por essa pauta dos direitos humanos ainda na escola, numa palestra de um professor chamado Marcelo Freixo, que na época ainda não era deputado e depois disso trouxe essa pauta na minha vida até hoje. Fui da UNE, União Nacional dos Estudantes, lá criei a diretoria dos direitos humanos da UNE. Quando eu me formo advogado e tiro a carteira da OAB, sou convidado para Comissão de Direitos Humanos da OAB e até hoje sou advogado dos direitos humanos. 

PT-RJ: Como é ser candidato nessa conjuntura em que os direitos humanos são tão ameaçados cotidianamente aqui no Rio de Janeiro e o que você vai fazer para mudar essa realidade brutal das favelas, de violência e dessa política de segurança? Quais pautas você vai defender ao longo da sua candidatura e se eleito for?

Rodrigo: Então, a minha pauta principal são os Direitos Humanos. Podemos ver diversas situações, diversos contextos, diversas políticas públicas pelo prisma dos direitos humanos. A principal pauta nessa temática dos direitos humanos é o enfrentamento à violência de estado, que aqui no Rio é referência, triste referência infelizmente. Nós somos a polícia que mais mata no Brasil e a polícia que mais mata no mundo, e isso não é pouca coisa. Na ALERJ eu quero ser a figura que vai lutar por uma polícia qualificada, com uma política de segurança pública que garanta o direito de ter segurança, que todo mundo tem, que todo trabalhador e trabalhadora tem, ao invés da barbárie. Então, a minha luta principal é contra a barbárie. Lutar contra a barbárie e lutar contra a violência de estado. 

PT-RJ: Fale um pouco da sua chegada, da sua vinda para o Partido dos Trabalhadores e dessa relação com o Lula, da importância elegermos um presidente que tem, dentre essas pautas, a defesa dos direitos humanos e de uma segurança pública que de fato traga segurança, não medo. 

Rodrigo: Eu me filei ao PT em 2005, durante o debate do referendo das armas, que aconteceu aqui no Brasil e por conta disso me interesso pelo discurso anti armamentista, que estava em voga naquela época e o Partido dos Trabalhadores tinha uma posição firme ali anti armamentista. E nesse contexto me filio ao Partido dos Trabalhadores, vou com a militância do Partido dos Trabalhadoras para o movimento estudantil e participo de vários espaços internos do PT, entre eles, a juventude do PT estadual. Fui delegado no Congresso Nacional da Juventude do PT, no primeiro Congresso da Juventude do PT e participei, principalmente, da minha vida partidária nos espaços do setorial de direitos humanos do partido. Fui do setorial estadual dos direitos humanos e em 2012 fui leito coordenador do Setorial Nacional de Direitos Humanos no PT. Em 2014 tive a honra de ser coordenador do programa de direitos humanos da candidata Dilma e isso me orgulhou muito. Então, eu sempre tento trazer essa pauta para dentro do partido. E hoje a perspectiva de termos o Lula presidente e o Lula, que foi o primeiro presidente da história a colocar status de ministério nas pastas nacionais de direitos humanos. O Lula que assinou o documento mais forte e importante da história do Brasil na temática dos direitos humanos, que é o terceiro programa nacional de direitos humanos, assinado por ele no final de 2009. Ele também hoje é a figura que vai conseguir enfrenta o fascismo de Bolsonaro. Então, a perspectiva de eleger o Lula é a perspectiva da civilização versus barbárie, do estado democrático de direito versus a ditatura e para isso Lula é fundamental para um futuro do Brasil decente. 

PT-RJ: Como pretende atuar e quais as pautas principais deve levar para a ALERJ?

Rodrigo: Eu quero ocupar o espaço dentro da ALERJ que já foi de Marcelo Freixo, quando Marcelo Freixo, nosso candidato a governador, era deputado estadual. Eu quero ocupar esse espaço e ter um mandato referência na luta de direitos humanos. Um mandato que seja pautado em 3 dinâmicas. A primeira é a presença, eu quero estar presente em todos os espaços, em todos os casos, em todas as situações em que haja grave violação dos direitos humanos no estado do Rio de Janeiro. À disposição quero estar como eu sempre levei a minha militância: quero estar sempre disposto. Isso fez, inclusive, que muita gente me ligasse todas as horas. A maioria dos deputados estaduais de esquerda já me ligaram em algum momento, a assessoria deles pedindo minha ajuda para poder atuar nessa temática. E agora eu quero ser o deputado que vai tocar isso desde o início, sem precisar delegar isso para alguém. E também quero ser acolhida né, quero fazer um mandato aberto, aberto aos movimentos sociais, aberto contra às  violações de direitos humanos, também aberto para as vítimas de violações de direitos humanos, aberto à sociedade fluminense de fato. Então,  quero ter um mandato para isso. Se alguém acha que o enfrentamento à violência de estado é importante e algo que se deve se levar em conta nessa eleição, vote Rodrigo Mondego 13000. 

PT-RJ: Rodrigo agora fazemos um ping pong. Eu falo uma palavra e você diz o que acha importante ou vem à cabeça. 

PT-RJ: Direitos Humanos 

Rodrigo: Minha vida

PT-RJ: Rio de Janeiro 

Rodrigo: Minha morada

PT-RJ: Política 

Rodrigo: Partido dos Trabalhadores 

PT-RJ: Lula 

Rodrigo: futuro presidente do Brasil 

PT-RJ: Educação 

Rodrigo: essencial 

PT-RJ: E um sonho 

Rodrigo: Viver numa sociedade que tenha um estado garantidor e não violador de direitos.

 

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