No último dia 25 ocorreu a reunião do Diretório Regional do PT-RJ, sob a condução do presidente João Maurício, a vice-presidente Eliane Cacique e o secretário-geral Fábio Sá. Estiveram presentes presidentes dirigentes dos Diretórios Municipais de Nova Iguaçu, Paracambi, Japeri, Barra do Pirai, Duque de Caxias, São João de Meriti, Itaboraí, São Gonçalo, Niterói, Angra, Campos, Macaé, Marica, Nilópolis, Queimados, Mesquita.
A primeira parte da reunião foi dedicada ao debate de conjuntura com as contribuições da professora Regina Novaes, ex-presidente do Conselho Nacional de Juventude do Governo Lula, Márcio Tavares, Secretário Nacional de Cultura do PT, e com o ex-deputado federal Wadih Damous.
A segunda parte foi dedicada aos informes e orientações sobre o Festival dos 40 anos do PT que ocorrerá de 07 a 09 de fevereiro na cidade do Rio de Janeiro.
O encontro terminou com o debate e votação de vários encaminhamentos. Foi aprovada uma resolução sobre a tática eleitoral do partido para o estado do Rio de Janeiro, apontando candidatura própria nas cidades: Maricá, São Gonçalo, Macaé, Campos, Angra dos Reis, Volta Redonda, Eng. Paulo de Frontin, São João de Meriti, Duque de Caxias, Paracambi, Japeri, Cabo Frio e Saquarema.
A cidade de Campos dos Goytacazes recebeu uma votação específica e por unanimidade o DR deliberou pela candidatura própria. Agora cabe ao DM, com o apoio do DR, avançar na construção do programa de governo, na definição do nome e nas alianças.
Ainda na pauta eleitoral o DR aprovou a composição do Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) e um calendário de reuniões nas microrregiões. O coordenador do GTE, Adilson Pires, destacou o desafio do diálogo com os DMs e a militância nas cidades, e que o grupo é um órgão auxiliar da direção, que possui a palavra final.
Foi aprovada uma resolução contra a proposta de escolas cívico-militares e uma reunião entre a direção, lideranças dos movimentos sociais e a bancada na ALERJ para tratar das pautas da Casa.
Com proposta apresentada por Celso Pansera e Olavo Carneiro, o secretário de Formação Política, as/os dirigentes aprovaram o regimento de um Conselho Político do Diretório Regional, um Conselhão, visando
“Criar um espaço de debate qualificado e horizontalizado, no qual companheiras e companheiros poderão expressar suas posições e análises da conjuntura política, aconselhando e propondo à Direção Executiva Estadual estratégias e iniciativas políticas.”.
A primeira reunião do DR do PT-RJ concluiu seus trabalhos em clima de unidade e orientações políticas claras. Foi convocada uma reunião a Executiva para 17/02 e o indicativo de novo Diretório Regional em março.
Na atual quadra da história a nossa maior responsabilidade é derrotar o neofascismo e o ultraliberalismo. Para tal se coloca a tarefa de construirmos uma ampla frente de esquerda e centro-esquerda nas lutas sociais e nas eleições de outubro, em torno de um programa democrático e popular.
A resistência aos ataques contra a democracia e os direitos sociais deve se combinar com a construção de uma alternativa política e social não só ao bolsonarismo, mas também às soluções neoliberais, que já se mostraram desastrosas à vida das trabalhadoras e dos trabalhadores. A partir destes pilares devemos atrair os setores democráticos da sociedade.
O estado do Rio de Janeiro é fundamental para esses objetivos, assim como a retomada do protagonismo do PT, desafiado a elaborar uma estratégia política de médio-prazo para a disputa de hegemonia na sociedade fluminense. Devemos aproveitar a mobilização gerada pelo processo eleitoral e travar o debate político com inteligência a partir do diagnóstico e soluções dos problemas das cidades com base nas referências dos governos populares.
As experiências exitosas dos governos do PT devem servir como guias práticos de elaboração e gestão de políticas públicas, exemplos na redução das desigualdades e de melhoraria da vida da população. Começando pela exitosa experiencia de Marica e seus programas sociais, o cartão mumbuca, o vermelhinho (o passe livre), o passaporte universitário, e resgatando programas e projetos implementados nas administrações de Angra, Nova Iguaçu, Mesquita, Niterói, dentre outras cidades governadas pelo PT. É primordial recuperarmos a capacidade de encantar as classes trabalhadoras, a juventude, por um projeto de futuro, pautado na igualdade, solidariedade e justiça.
As prioridades do PT nas eleições de 2020 no estado do Rio de Janeiro serão: (I) a unidade das esquerdas e do campo democrático popular para derrotar o bolsonarismo e o ultraliberalismo; II) a campanha de reeleição do prefeito de Marica, Fabiano Horta; (III) o lançamento do maior número possível de candidaturas próprias nos municípios, com tratamento específico nas cidades com mais de 100 mil habitantes, mas não pode se contrapor a estratégia de unidade democrática e popular contra o bolsonarismo e seus aliados; (IV) a constituição de fortes nominatas de vereadores em todos os municípios; V) a ampliação e fortalecimento das candidaturas de mulheres e da juventude, rejeitando candidaturas fictícias, conforme aprovado no último Congresso Estadual.
O modelo petista de governar nunca foi tão urgente em tempos de extremo ódio. O PT tem um importante desafio do ponto de vista interno: organizar e articular politicamente as microrregiões e consolidar no estado do Rio de Janeiro uma intervenção altiva e potente, abrindo um processo de ampla escuta em todos os municípios, identificando suas necessidades e fortalecendo as pautas políticas específicas de cada região, tendo como referência um programa que englobe o conjunto de diretrizes para o nosso estado.
Em várias cidades o debate da candidatura própria está bem avançado: Maricá, São Gonçalo, Macaé, Campos, Angra dos Reis, Volta Redonda, Eng. Paulo de Frontin, São João de Meriti, Duque de Caxias, Paracambi, Japeri, Cabo Frio e Saquarema.
Na cidade do Rio de Janeiro, o DM vai organizar um amplo debate com os filiados do Partido até o fim de março. O debate se dará em torno da construção de um programa e uma ampla frente de esquerda e centro-esquerda para derrotar os representantes da direita e ultradireita. Os nomes para a chapa que represente a frente e seu programa será fruto da reflexão e decisão da base do PT e do diálogo com os demais partidos e movimentos da esquerda carioca.
O desafio da nova direção partidária é muito grande. Precisamos antecipar a realização dos Encontros das microrregiões, e organizarmos um GTE que auxilie a Executiva a consolidar as nossas candidaturas próprias, as alianças mais importantes, e a formação de fortes chapas de vereadores.
Frente a concepção democrática como disputa entre projetos antagônicos, é de extrema urgência reunir o conjunto da esquerda, dos movimentos sociais, culturais, feministas, LGBTQIs+, negros, juventude, periféricos, artistas, sindicalistas e lideranças comunitárias em torno de um projeto democrático e popular carregado de afeto e profundo respeito e amor pelo povo.
Diretório Regional PT-RJ
Rio de Janeiro 25 de janeiro de 2020