O projeto de Lei, apresentado pelo governo Witzel, de criação de uma rede de escolas cívico-militares é uma tentativa de vender a ilusão de que a disciplina militar promove um ensino de melhor qualidade. Esse projeto segue a onda conservadora que procura desacreditar a cultura, os professores, e mesmo seus ícones, como o professor Paulo Freire. É um elogio ao autoritarismo.
Ele vende a ilusão de que as escolas cívico-militares terão o padrão dos Colégios Militares. E o mais grave, é que vendem a ilusão, mesmo sabendo da crise financeira do nosso Estado, que está em Regime de Recuperação Fiscal.
Só há um caminho para melhorar o ensino no Estado do Rio: “aumentar os investimentos em educação para valorizar os profissionais e criar condições de trabalho e de infraestrutura para garantir o funcionamento digno das escolas”, como diz a nota da CUT. Não existe atalho para dar uma educação de qualidade, pública e gratuita.
Nós, do Partido dos Trabalhadores e nossa bancada na Alerj, pretendemos impedir a aprovação do projeto, que, entre outras questões, significará a retirada de recursos da rede pública os utilizando para o pagamento da gestão disciplinar-militar. Não aceitamos que autorizem parcerias com órgãos públicos ou privados, criando uma rede a parte da rede pública estadual.
O nosso posicionamento é claro: somos contra o projeto. Por isso a nossa Bancada na Alerj apresentará emendas para retirá-lo de pauta.
Rio de Janeiro 25 de janeiro de 2020