Resolução do Congresso da Juventude do PT/RJ

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SOMOS MILHÕES DE LULA
Resolução da Etapa Estadual do Congresso Extraordinário da JPT-RJ

 

Para nós, o Partido dos Trabalhadores é a mais bela e virtuosa experiência de organização da classe trabalhadora brasileira. O PT teve papel central no processo de redemocratização e nas lutas contra os governos privatistas tucanos do FHC, bem como em 2002 com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a partir de onde passamos transformar a vida de milhões de brasileiros. E essa experiência tão bela que se enraizou tão profundamente em nossa história nasceu de jovens. Foi forjada pelo calor da juventude.

 

Nós petistas fomos formados nas batalhas mais intensas do final do século XX e, mesmo quando a situação conjuntural se mostrou a mais desfavorável, sempre conseguimos dar a volta por cima. O passado imediatamente recente em que enfrentamos um golpe de Estado e a prisão do nosso líder maior é somente mais um dos momentos históricos que conformam o longo processo de aprendizado que a classe trabalhadora deve trilhar em nosso país até conseguir romper as estruturas capitalistas brasileiras.

 

Em tempos de ruptura com as instituições democráticas no âmbito federal e com o aprofundamento da política neoliberal,o estado do Rio de Janeiro vem sendo utilizado como principal laboratório para as reformas e ataques aos direitos da população trabalhadora brasileira. Os sucessivos governos do PMDB no Rio de Janeiro levaram o estado a um completo desastre financeiro e econômico que se espalhou por todas as áreas da sociedade, atingindo em cheio a juventude em todos os aspectos da vida, desde o desmonte das universidades públicas e fechamento de escolas, até o corte de verbas na saúde e na segurança, tudo acompanhado de muita repressão ao funcionalismo público e à classe trabalhadora em geral.

 

A recente intervenção militar imposta pelo governo Temer aprofunda o estado de exceção, cristalizando um modelo de sociedade racista, patriarcal, LGBTfobica e capitalista, a partir da ocupação dos bairros periféricos pelas forças militares. Em meio a calamidade pública vivida pelo Rio de Janeiro, fruto dessa política desastrosa a execução de Marielle Franco e Anderson, uma execução política, e a execução dos 5 meninos do Minha Casa Minha Vida em Maricá, é a síntese simbólica do avanço de elementos fascistas na sociedade fluminense o qual devamos combater, decorrência direta da militarização da vida civil e que ataca a participação popular e democrática.

 

Defendemos a candidatura do companheiro Celso Amorim a governador do Rio e do companheiro Lindbergh a senador, que cumprem hoje um papel fundamental nesses tempos de resistência. Entendemos por necessário a superação da política de alianças empregadas nos últimos anos, tendo em vista que a política fluminense, tal como a política brasileira em geral, vai requerer de nós um partido militante e classista tal qual era em suas origens, mas que precisará dialogar com uma sociedade cada vez mais polarizada, precisando elaborar programas à esquerda, que realizem uma defesa intransigente dos interesses da classe trabalhadora.

 

Sendo colocada em cheque diversas vezes pela conjuntura nacional e estadual, a     JPT-RJ demonstrou como a unidade em todos esses processos foi fundamental para resistir em um período tão duro de lutas. Nas lutas contra o Golpe contra a presidenta Dilma, ocupamos ruas e praças tremulando as bandeiras vermelhas do PT contra a violência da extrema direita e as bombas de gás lacrimogêneo das forças policiais. E foi assim também na caravana do presidente Lula pelo Estado do Rio, combatendo discursos fascistas e reacionários até o grande ato no Anfiteatro da UERJ. Destaque da caravana foi o advento e consolidação da bateria “Coração Valente”, pulsante em cada parada e que homenageou no nome nossa legítima presidenta eleita Dilma, síntese da unidade da JPT-RJ nos atos e agitações de rua.

 

Não obstante, a necessidade de ganharmos as ruas e disputarmos mentes e corações para o nosso projeto, se faz necessário que a juventude do PT seja cada vez mais organizada e orgânica. Para isso, é preciso que pensemos no auto-financiamento da juventude e no financiamento via aparato partidário, garantindo os 10% do orçamento partidário para a juventude que conquistamos no 6º Congresso do PT – Etapa Estadual, além de promover conselhos políticos e espaços itinerantes de formação, ajudando a juventude a se organizar no seu âmbito de vivência maior que são os municípios, bairros, favelas e periferias. A JPT-RJ deve debater e preciso formular política em todos os âmbitos, pensar na sociedade que disputamos e elaborar planos para a emancipação da juventude trabalhadora do país.

 

Acompanhando as mudanças no perfil da juventude trabalhadora e o alto número de jovens na sociedade brasileira, há a necessidade de uma movimentação para capilarizar a juventude petista, a fim de que se organize ativamente nossa inserção nos mais diversos movimentos sociais, em especial a militância em torno dos movimentos negro, feminista, LGBT, estudantil, sindical e comunitário. É importante fortalecer o partido a partir de amplas campanhas de filiação e formação de jovens, estreitando os laços em cada município e mobilizando a juventude em comitê por local de moradia, estudo e trabalho em torno da liberdade e candidatura do presidente Lula. Para reafirmar esse compromisso, a Juventude do PT do Rio de Janeiro realizará um amplo seminário de formação e planejamento, tarefa a ser conduzida pela Secretaria Estadual de Juventude.

 

Toda a construção em conjunto e unidade para a política da juventude petista em nosso estado deve ser forjada na luta pelo legado e memória do que foram os governos Lula e Dilma, tendo em mente que o projeto de um país soberano, democrático, popular e anticapitalista, foi construído por muitos de nossos companheiros e companheiras que hoje são duramente perseguidos pela elite entreguista e pelo judiciário golpista, que não aceita o pobre no orçamento do país e por isso rompe com o pacto constitucional. Ressaltamos, portanto, a intransigente defesa de Lula, Zé Dirceu e dos demais presos políticos. Temos que ter como ponto de unidade: Lula Livre! Lula Inocente! Lula Presidente!

 

Juventude do Partido dos Trabalhadores do Rio de Janeiro

 

Maricá, 20 de maio de 2018

 

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