Na terça, 13 de novembro, as mulheres fluminense, vindas de várias regiões do Rio de Janeiro se uniram para demonstrar que não aceitaremos caladas que retirem nossos direitos. Nos dias que antecederam o Ato #TodasContra18, vimos vários artistas, a mídia e nós feministas e do movimento de mulheres pautarem a sociedade alertando para o grande retrocesso que se transformou a PEC181/2015.
Diante deste processo de mobilização percebemos que multidões de mulheres se juntariam para em uma só voz gritar pelas ruas do Rio de Janeiro e pelo Brasil: “É pela vida das Mulheres” “Nenhum direito a menos” “TodasContra18” “Legaliza” “Fora Temer”
Fomos aproximadamente, 10 mil mulheres, crianças, jovens, mães, irmãs, filhas, gestantes, trabalhadoras, estudantes.
Nosso ato foi retumbante, foi mágico, foi alegre, sonoro… foi multicolorido.
Fomos muitas e seremos mais.
Mas, infelizmente, ao final, quando faltavam poucos minutos para encerrar o ato, nas escadarias da ALERJ (Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro), sob as saias rodadas, ao som dos tambores e xequerês, do Baque Mulher (Grupo de Maracatu Nação), ouvimos bobas de efeito moral, vimos correria, gritos de desespero e a Polícia Militar do Rio de Janeiro, de forma covarde, nos agredindo.
Os relatos que chegaram, desvendam: mais uma vez a Polícia Militar além de ser despreparada, é irresponsável e truculenta.
Nunca vi, em mais de dez anos de militância no movimento feministas, em um ato de mulheres, de mães com seus filhos e filhas, sermos brutalmente violentadas.
Eu gritei, ao microfone, por várias vezes, suplicando que a polícia parasse de nos agredir, melindrar, atacar, afinal éramos apenas mulheres lutando pela violência diária sobre nossas vidas, nossos corpos e nossa liberdade. Não oferecíamos nenhum perigo a “ordem pública”, exceto, por nossa gana de resistir a mão opressora de uma sociedade baseada no patriarcado que insiste em nos dizer que nossas vidas não importam. Pois ontem, ao resistir e nos permanecer mobilizadas e agrupadas, gritamos de volta: nossas vidas importam, sim! E seguimos de volta a Cinelândia, porque entendemos que era melhor para dispersamos com segurança uma massa de mulheres e crianças e, sobretudo, porque não podíamos terminar o nosso ato que fora tão fortemente bonito, sob a truculência de uma polícia militarizada e desumana. Nós devíamos terminar e terminamos ao som de nossas vozes e em festa: o feminismo é revolução!
No dia 28 de novembro, voltaremos as ruas, em luta pelo fim de todas as formas de violência contra as mulheres, a ALERJ será novamente o palco de nosso encontro e o que aconteceu ontem jamais poderá se repetir.
Repudiamos a PM do Rio de Janeiro. E ao Governo Pezão que se cala diante de tamanha perversidade às mulheres deste Estado.
Por todas nós, pelas que já se foram, e pelas que ainda virão, é hora de nos mantermos nas ruas e mobilizadas contra os retrocessos de um Congresso conservador e, por vezes, fascista. Todos os dias perdemos! É hora de ganharmos… ganharmos em mobilização e em ativismo, só assim resistiremos.
Ontem não nos calaram e nem amanhã nos calarão! Mulheres Uni-vos!
#TodasContra18 #AlertaFeminista #NenhumDireitoAMenos #VivasELivresNósQueremos #ContraAPec181 #ForaTemer #ForaPezão #APMTemQueAcabar
Saudações PeTistas e Feministas,
Fabiana Santos
Secretária de Mulheres PTRJ
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