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Bruna Rodrigues

Emilia Amoêdo entrou para a política com o principal objetivo de mudar a vida das mulheres. Sua principal pauta é a oferta de políticas públicas que garantam creche, educação pública de qualidade para os filhos delas, além de emprego, educação e oportunidades para todas. Ela fala ao PT-RJ sobre o que a motiva para trabalhar na política, a esperança de um Brasil com Lula Presidente e em como pretende atuar, caso seja eleita.

PT-RJ: Então, conto um pouco para a gente, fala pouco de você, quem é você e como você chegou na política.

Emilia: Então, meu nome é Emilia Amoêdo. A política me perturba desde 2012, mais ou menos. Eu sempre gostei muito das pautas relativas à cidade. Então, em 2012, me candidatei vereadora pelo PSOL. Foi uma experiência interessante, mas eu não tinha nenhuma afinidade com a pauta escolhida no sentido de ter uma graduação, um conhecimento maior. Eu também não me empenhei muito, eu fiquei muito envergonhada né. Essa coisa de você se expor é estranha. É por isso também que eu demorei um pouco agora. De 2012 para cá eu tentei um pouco me esquecer disso, mas aí eu passei para faculdade, eu voltei para a faculdade. Com 47 anos fui fazer minha segunda faculdade. E aí, o curso de letras, literatura na UERJ, abriu meu mundo, abriu uma nova visão, tive uma nova visão de uma série de coisas e intendi que não dava para ficar de fora do debate público. Também me aposentei e logo depois eu terminei a faculdade. Eu poderia estar fazendo qualquer coisa, inclusive quieta em casa como eu estava. Mas aconteceram esses problemas com aquela menina de 11 anos, aconteceu a questão da atriz, aconteceu aquela procuradora apanhando do colega e, por último, acho que não tem nada pior, aquele médico estuprando a moça que estava tento um filho, um bebê, na hora. Quer dizer então aquilo ali já era um assunto que me incomodava muito, a questão feminina, essa violência toda contra a mulher, esse estado que nos faz reféns todo santo dia, essa cultura que nos leva a ser indefesas, desde cedo eu acho que ficamos indefesas, e é uma questão cultural. É muito maior do que só uma educação de uma classe social ou outra. Acho que a questão é cultural mesmo e precisamos combater isso. E na UERJ, vendo as pessoas muito mais novas do que eu, também aprendi muito com elas. E achei que elas me apontaram, me sinalizaram algumas coisas e como fazer algumas mudanças. É isso!

PT-RJ: Fale um pouco da sua relação com o partido, como chegou aqui no Partido dos Trabalhadores e um pouco dessa luta que vai ser eleger Lula.

Emilia: Tá. Bom, torço para o PT. Eu sempre votei no PT, sempre votei no Lula, na Dilma. Toda a minha vida, quando eu comecei a votar foi isso. Então, meu primeiro voto para presidente foi no Lula né. Então assim, eu sempre gostei dele, do PT, das causas defendidas. Mas sempre achei que era difícil entrar aqui, que as pessoas já estavam, que já tinham uma comunhão, uma comunidade, que era difícil entrar aqui. Então, eu fiquei muito envergonhada de tentar um lugar aqui. Até que, depois de tantas coisas ruins que aconteceram de 2018 para cá, decidi me filiar e por último decidi concorrer. E porque eu quero que Lula ganhe? Por que sempre acreditei nele, continuo acreditando. Acho que ele tem afinidade com a história do Brasil. Acho que ele representa bem a parte do Brasil que conseguiu se movimentar e não esquecer quem ele era em momento nenhum. Então, eu acho que ele traz essa conversa entre o Brasil de hoje e o Brasil de ontem. Tem uma liga, ele tem uma liga que os outros não têm. O Lula eu acho que transita bem entre esse passado e futuro. Eu acho que ele vai conseguir acalmar os corações.

PT-RJ: Fale um pouco agora das pautas que você vai defender ao longo da sua campanha.

Emilia: Tá. Bom, eu vou defender a rede de apoio para as mulheres criarem seus filhos. Essa é a minha pauta principal. Então, apoiar os CIEPS, que eu acho que o Freixo vai fazer isso. Ele tem esse compromisso de trazer os CIEPS. Então a minha ideia também é essa. Por quê? Por que eu vejo muito agonia no coração de uma mãe, de uma vó que vai trabalhar e não tem com quem deixar seu filho. Essa encrenca ninguém resolveu. E não é só creche, precisa também da outra parte. A partir dos 5 anos até os 18 a gente precisa ter sossego, precisa trabalhar e ter onde deixar o nosso filho para estudar, nosso filho para praticar esporte. Então o CIEP era tudo isso, já estava aqui, já está pronto, entendeu? Então assim, agora é só botar para fazer. Essa é a minha, esse é o meu carro chefe: é ajudar as mulheres organizarem as suas vidas, e voltarem a estudar e trabalhar e produzir, e serem elas mesmas. Por que não morremos depois que viramos mãe e nem avó. A vida não é dos outros, é nossa, e temos direito à existência, e tem direito a ter conhecimento, cultura. E é isso, vamos envelhecendo, mas vamos envelhecendo com inteligência.

PT-RJ: PING PONG, eu falo uma palavra e você diz a sua que vem à cabeça.

PT-RJ: Mulher

Emilia: Guerreira
PT-RJ: Gestação
Emilia: encrenca
PT-RJ: Mãe
Emilia: Delícia
PT-RJ: Lula
Emilia: Amor
PT-RJ: Rio de Janeiro
Emilia: Paixão
PT-RJ: Esperança
Emilia: PT
PT-RJ: Bolsonaro
Emilia: Cruz credo
PT-RJ: Alegria
Emilia: Filha

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