Entrevista com Margoth Cardoso

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Bruna Rodrigues

Margoth Cardoso nasceu no Rio de Janeiro é filha de nordestinos e forjou-se principalmente através da educação. É jornalista, advogada, mestranda e apaixonada pela luta cotidiana permanente para mudar Iguaba Grande, cidade onde vive e constrói um projeto de resistência por emprego, saúde e respeito ao meio ambiente. Trazendo na bagagem tudo isso, ela agora quer ser deputada federal para, ao lado de Lula, construir um Brasil melhor para todos e todas.

PT-RJ: Gostaria que você falasse um pouco da sua história. Quem é você e como chegou na política?

Margoth: Bom, eu sou Margoth Cardoso. Sou advogada, sou mestranda em ambiente, sociedade e desenvolvimento pela UFRJ e sou especialista em direito ambiental pela Universidade Federal do Paraná. Fui presidente da OAB de Iguaba Grande por dois mandatos. Eu fui, aliás, a presidente fundadora da subseção e no ano passado fui eleita conselheira da seccional do Rio de Janeiro, estando licenciada para concorrer o pleito eleitoral. E o que me moveu a entrar na política foi a minha indignação. Quando presidente da Ordem, representei a instituição em todos os conselhos de direito da cidade de Iguaba: no conselho da criança e do adolescente, no conselho da mulher, no conselho do idoso e no conselho da pessoa com deficiência, também no conselho de assistência, no conselho de meio ambiente, no comitê de bacias hidrográficas, e levamos também a subseção para ter uma cadeira na ONU, ser signatária global do pacto da ONU, e é a única do Rio de Janeiro e a segunda do Brasil a pertencer a esse grupo. Então, vendo como as demandas sociais chegavam aos conselhos e como elas eram tratadas pelo poder público eu vi que não podia me calar. Eu fiz um estudo da cidade, quando desenvolvi um projeto, um projeto que inicialmente tinha o objetivo de despoluir a laguna de Araruama, esse projeto teve que crescer, eu entendi que ele não podia ser um projeto apenas para a despoluição da laguna, que já seria algo muito importante, mas, principalmente, para atender a demanda social. Iguaba é a cidade com maior desigualdade social e é a menor cidade da Região dos Lagos. Então, diante da necessidade, da desigualdade, da necessidade que a população menos favorecida tem de políticas públicas que atendam e possam suprir as suas necessidades, eu resolvi entrar para a política.

PT-RJ: Qual sua relação com o Partido dos Trabalhadores. Como você chegou até aqui?

Margoth: Bem, o Partido dos Trabalhadores foi a minha escolha desde o início, eu nunca participei de outro partido, por que eu entendo os pilares pelos quais o partido foi criado. O PT se encontra com aquilo que eu penso, com aquilo que entendo que deva ser feito para que a sociedade se torne mais justa, igualitária, plural. Eu vejo que o Partido dos Trabalhadores caminha para a justiça social. E por isso eu resolvi entrar para o PT.

PT-RJ: Fale um pouco das pautas que você vai defender ao longo da sua campanha. E também um pouco de Lula, de como fortalecer essa candidatura que traz a esperança para o Brasil.

Margoth: Lula é tudo, Lula é tudo de bom. Lula é o político! Eu acho que ele é mundial, sabe? Ele tem uma característica que outras pessoas não têm. Especial realmente. Eu quero muito estar ao lado do presidente Lula para combater a fome. Um país que viveu em 2013 a realidade de sair do mapa da fome, mas que agora está com 33 milhões de famintos é muito triste. Nós vamos ter que voltar 30 anos ou mais para recomeçar a reconstruir o Brasil. E eu quero estar do lado do presidente Lula para fazer isso. Eu quero ajudar o presidente Lula e levar um projeto que eu entendo que seja um programa de governo, saneamento para todos. Porque é muito triste ver realidades como eu vi e vejo em Iguaba Grande, e como passou agora nas redes, nos jornais, de pessoas que têm o esgoto passando na porta de suas casas. Isso é falta de dignidade. Eu entendo que dignidade é comida no prato e esgoto tratado. Eu quero defender os direitos das mulheres. Eu quero que nessas eleições cheguemos pelo menos a 30%, que é o que determina a lei. E quero estar no Congresso lutando para que nós cheguemos aos 50%, que é o justo! Que seja, 50, 50. Isso que deve ser as eleições. É assim que a sociedade deve ser representada, nas assembleias, no congresso, na vida pública de uma forma geral. Eu quero lutar para educação, eu quero lutar pela saúde de qualidade. Quando eu falo do tratamento de esgoto, eu já enxergo que a redução de doenças será significativa. Eu quero lutar por direitos, nenhum direito a menos, por justiça.

PT-RJ: Agora fazemos um PING PONG. Falo uma palavra e você responde o que vem à cabeça.

PT-RJ: Políticas públicas

Margoth: Necessárias

PT-RJ: Região Serrana

Margoth: Tem que ser uma palavra só?

PT-RJ: Não, pode falar.

Margoth: Precisa de um olhar muito especial. As tragédias que aconteceram, nos mostram isso.

PT-RJ: Esperança

Margoth: Lula

PT-RJ: Fome

Margoth: Zero, tem que acabar.

PT-RJ: Educação

Margoth: Educação é necessária. É o caminho.

PT-RJ: Mulheres na política

Margoth: Igualdade

PT-RJ: Saneamento básico

Margoth: Necessário

PT-RJ: Futuro

Margoth: A esperança de um futuro com Lula na presidência. A esperança de uma vida mais digna. Futuro: dignidade.

PT-RJ: Rio de Janeiro.

Margoth: Virada, mudança.

 

 

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