Nota de Conjuntura do Diretório Estadual do PT-RJ.

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O Estado do Rio de Janeiro tem vivido um momento muito desafiador, dados do IBGE apontam que o estado bateu recorde de desemprego no 1º trimestre de 2021, o quinto maior do Brasil. Nosso povo vem sofrendo com a crise da pandemia, o aumento da miséria, da violência e do preconceito. Todavia, a resposta popular tem sido através de uma mobilização social crescente. Milhares de pessoas ocuparam a terra improdutiva da Petrobrás em Itaguaí, originando o Campo de refugiados. Centenas de famílias ocuparam unidades do MCMV não entregues em Campos dos Goytacazes. 400 famílias reocuparam a Usina Cambahyba, também em Campos, em busca de terra para trabalhar e viver. Famílias ocuparam a praça da prefeitura de Volta Redonda reivindicando moradia. Camelôs e motoboys se mobilizaram no Sul Fluminense. Mais cidades fluminenses tem se incorporado na mobilização unitária por vacina, auxílio emergencial de 600 reais, comida no prato e Fora Bolsonaro. Com tudo isto assistimos um governo estadual insensível às demandas populares e aliado à Bolsonaro.

Conjuntura Nacional e Estadual.

O Brasil vive um dos momentos mais graves da sua história. A crise sanitária do coronavírus, aliada ao desgoverno de Jair Bolsonaro, vem provocando um verdadeiro genocídio em nosso país. com mais de meio milhão de óbitos e um ritmo muito lento da vacinação tem possibilitado o surgimento de novas variantes do vírus. Além disso, a política econômica do governo, ultraliberal e perversa, destruiu empregos e empobreceu a população, sendo responsável por lançar mais de 27 milhões de brasileiros à extrema pobreza e à fome.

O recrudescimento do ódio de classe, à negritude, aos povos originários, às mulheres e aos LGBTQIA+ são marcas desses tempos de bolsonarismo, que tem provocado o aumento do feminicídio, e todo o tipo de violência contra essa maioria, como foi o emblemático caso da chacina do Jacarezinho.

A crise política tem se agravado ainda mais, tendo em vista as recentes denúncias de corrupção e prevaricação no combate à pandemia envolvendo o Presidente da República e o seu entorno. A máscara ética do atual governo, que se construiu através de um aparato de Fake News e uma falsa bandeira de combate ao crime e corrupção e levou à sua eleição, desmancha-se com as revelações da CPI da Pandemia e desperta no povo brasileiro a necessidade de se levantar contra os desmandos deste governo.

Por outro lado, a anulação das condenações contra o Presidente Lula e o reconhecimento da suspeição de Moro, recolocam Lula e o PT como protagonistas, sendo a alternativa mais segura para governar o país após as próximas eleições. Lula vem liderando todas as pesquisas de intenções de votos para 2022 e o PT volta a crescer em vários segmentos da sociedade, que reconhecem a importância de Lula para a reconstrução do Brasil e o nosso Partido como a principal expressão política das demandas mais urgentes do nosso povo.

No Estado do Rio de Janeiro, que vive uma profunda crise com os recentes escândalos de corrupção e o consequente impeachment do ex-governador Wilson Witzel, o cenário para as eleições de 2022 segue indefinido e, até o momento, apenas quatro nomes estão colocados para a disputa do governo do Estado:

A candidatura do atual governador Cláudio Castro, que se elegeu vice na chapa de Wilson Witzel, vem tentando se construir como o candidato de Bolsonaro, estreitando os seus laços tanto com o atual presidente quanto com a base bolsonarista no Estado. Porém a partir da sua filiação ao PL e fortalecido pelos recursos recebidos pela privatização da Cedae, vem procurando ampliar a sua base para outros setores da centro-direita e da direita e ampliar a sua viabilidade eleitoral; Neste sentido, é importante mencionar, uma das faces mais cruéis do governo Cláudio Castro, que é a violência institucionalizada do Estado. A chacina do Jacarezinho, em maio, o assassinato da jovem Kathlen Romeu e a não resolução do caso dos meninos de Belford Roxo, sem contar as inúmeras crianças atingidas pelas balas acertadas são alguns dos inúmeros exemplos desta necropolítica liderada pelo atual governador.

Desde as eleições de 2020, com o bom resultado nas eleições para Prefeitura da deputada federal Benedita da Silva, a quase vitória de Dimas em São Gonçalo, a reeleição de Fabiano Horta em Maricá, que hoje é um exemplo de administração popular e inovadora em todo nosso estado, e em 2021, com a reeleição do deputado André Ceciliano para a Presidência da ALERJ, o PT do Estado do Rio de Janeiro tem recuperado o protagonismo perdido em 2016, com o golpe e a derrota naquelas eleições municipais. A nossa crescente participação na mobilização das ruas é mais um termômetro do novo papel desempenhado pelo partido, com forte presença da nossa militância e das nossas lideranças nos atos contra Bolsonaro.

Até este momento, existem três candidatos de oposição: o deputado federal Marcelo Freixo, que em junho deixou o PSOL para se filiar ao PSB na busca de construir uma frente democrática que seja capaz de reconstruir o Estado do Rio de Janeiro e pôr fim ao ciclo neoliberal; o presidente nacional da OAB, Felipe Santa Cruz, que se filiou ao PSD e têm sua candidatura apoiada pelo prefeito da cidade do Rio de Janeiro Eduardo Paes; e o ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves, recentemente lançado pelo presidente nacional do PDT.

A nossa prioridade para 2022 é derrotar o bolsonarismo, construir um palanque forte para o Presidente Lula no Estado do Rio de Janeiro, e ajudar no acúmulo de forças do campo democrático e popular para garantir a governabilidade. Para isso, viemos realizando uma série de diálogos com todas as forças do campo democrático no estado. É com Lula Presidente e com um projeto nacional que reconheça o caráter estratégico do Rio de Janeiro para o desenvolvimento do Brasil que vamos conseguir tirar o nosso Estado do atoleiro. Mas esse caminho precisa ser pavimentado pelo fortalecimento da mobilização popular agora em 2021, garantindo a existência da democracia. Como bem disse o presidente Lula, em 2021 a nossa atuação deve ser pela vacina no braço, comida no prato, emprego para todos os brasileiros e pelo Fora Bolsonaro. Igualmente, buscar construir uma chapa proporcional forte, com os compromissos que permeiam a luta por mais direitos para os trabalhadores e trabalhadoras, para os mais pobres, sobretudo, a juventude, as mulheres, a população LGBTQIA+, os negros e as negras no diálogo constante por um Estado preocupado com a sustentabilidade ambiental.

O PT-RJ é oposição ao governo Cláudio Castro e trabalhará para construir uma frente anti-bolsonarista e anti-neoliberal para as eleições no estado. E chamará as principais lideranças para construção de unidade. Para reunir essas forças num palanque único de apoio à candidatura Lula.

Nosso foco é, portanto, participar ativamente das construções das grandes mobilizações que tem levado milhares de pessoas às ruas de várias cidades do Estado Rio de Janeiro para protestar e exigir por vacinas para todos, pelo auxílio emergencial de R$ 600, pela defesa da democracia e contra o genocídio patrocinado por Bolsonaro, contra o desemprego e o agravamento da fome.

As mobilizações, que exigem também o afastamento do presidente que hoje representa um risco ao pleno funcionamento das instituições e à própria sobrevivência da população, visibilizadas, sobretudo, pela CPI da Covid-19 que tem revelado um grande esquema de corrupção na aquisição de vacinas. Intensificando a narrativa de que além de genocida, de negligente, e de incompetente, o Governo Bolsonaro, e o próprio Bolsonaro são corruptos.

Lula Presidente!

Fora Bolsonaro!

Uma nova primavera para os nossos sonhos!

DIRETÓRIO ESTADUAL DO PT-RJ.

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