O MBL (Movimento Brasil Livre) tem repercutido intensamente pautas morais nos últimos tempos, como a exposição “Queermuseu”, de Porto Alegre, e outra exposição no MAM, em São Paulo. Segundo a pesquisadora Esther Solano, cientista política e professora na Universidade Federal de São Paulo, trata-se de uma tática pensada para desvio de foco e rebaixamento da qualidade do debate com vistas em 2018.
A professora da Universidade Federal de São Paulo gravou um vídeo para o portal “Justificando”, que já está em nosso facebook, falando a respeito da tática do coletivo fascista.
A pesquisadora também deu entrevista ao Brasil de Fato e apontou o porque da mudança abrupta de pauta:
Então, o MBL foi consciente disso, de que se seguisse expressando sua bandeira de estado liberal perderia possíveis adeptos. Teve uma época, quando a Reforma da Previdência ia entrar em pauta, eles inclusive receberam muitas críticas dos próprios seguidores na página do MBL, as pessoas não querem isso.
O fato concreto é que a pauta de debate acerca da “questão moral” compõem um bem pensado plano de fuga de setores reacionários da sociedade e que patrocinaram o golpe, uma estratégia para fugirem dos questionamentos políticos que serão emparedados em 2018 e encontrar outro elo de polarização. Nessa esteira, nossa velha inimiga “mídia” terá papel preponderante, utilizando-se de toda sua estrutura.
Os partidos progressistas e os movimentos populares não podem perder o foco e a esquerda não pode se dividir.
Ps.: Não deixe de ler a entrevista no Brasil de Fato, clicando aqui