Com informações do TecMundo, Jota e Estadão.
Segundo o site TecMundo, a Justiça Eleitoral brasileira sofreu uma invasão de hackers ao sistema GEDAI-UE da urna eletrônica e teve o código do sistema de cargado software vazado durante a semana anterior ao segundo turno das eleições. Os documentos com essa informação foram enviados ao TecMundo por meio de duas fontes anônimas. Segundo o site Jota, que também ajudou na averiguação do caso,o TSE está investigando desde a noite de terça-feira (6).
Segundo a apuração dos dois sites, os invasores teriam entrado de maneira remota em equipamentos ligados à rede do TSE e tido acesso, entre outras informações, a documentos sigilosos e ao login do ministro substituto Sérgio Banhos e do chefe da tecnologia da informação do TSE, responsável pelas urnas eletrônicas, Giuseppe Janino.
O sistema invadido pelos hackers, o Gedai-EU, é, segundo o site do TSE, o “gerenciador de dados, aplicativos e interface com a urna, que fornece às equipes dos cartórios eleitorais e dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs)”. Conforme relatado pelo hacker ao TecMundo, o acesso aconteceu por meio de vulnerabilidades em aplicações desenvolvidas pelo próprio Tribunal. Assim, foi possível um acesso remoto a um dos equipamentos ligados à rede.
Nas eleições presidenciais de 2016, quando Trump, um político controverso da direita norte-americana, foi eleito, os Estados Unidos enfrentaram um grande problema: ataques de hackers da Rússia no sistema eleitoral de 39 estados influenciaram o resultado das eleições, segundo fontes anônimas e documentos da NSA (Agência Nacional de Segurança) vazados à época pelo The Intercept.
Segundo uma reportagem do Washington Post também da época, rumores da intenção de Putkin eleger Trump já circulavam na casa Branca e Obama já liderava uma investigação. Ainda segundo a publicação da capital, a CIA chegou a informar o Senado Americano que havia ficado “claro” que a Rússia interferiria nas eleições. Todas as informações só foram publicadas após as eleições, com Trump eleito.
Na última semana, a Microsoft anunciou que descobriu e tirou do ar seis domínios falsos criados por hackers russos para interferir nas eleições americanas de meio de mandato, que ocorrem em novembro deste ano. Segundo a organização, não há sinais que os sites conseguiram obter dados das vítimas enquanto estavam ativos.
De acordo com a Microsoft, os hackers criaram dois sites falsos para se passar por duas organizações conservadoras dos Estados Unidos: O Hudson Institute e o International Republican Institute. Outros quatro domínios foram feitos para parecer que pertenciam ao Senado americano. A empresa não forneceu mais detalhes sobre o conteúdo dos sites falsos.