Por Gilberto Palmares (deputado estadual e líder da Bancada do PT na Alerj), Waldeck Carneiro (deputado estadual) e Zeidan (deputada estadual)
Exatos cem anos após a deflagração da primeira greve geral no país, os trabalhadores brasileiros viram seus direitos conquistados com luta e sangue se esvaírem pelo ralo. Numa votação vergonhosa, um Senado composto majoritariamente por homens, brancos e ricos, aprovou a contrarreforma que leva o Brasil de volta ao século 19. Um projeto liderado por um governo golpista e um presidente ilegítimo sobre o qual sobram provas de graves crimes cometidos.
O golpe do golpe do golpe se agravaria no dia seguinte, com a sentença absurda do juiz de primeira instância, Sérgio Moro, condenando Lula, o primeiro operário presidente do Brasil, a nove anos e meio de prisão por um crime que não existe.
São tempos sombrios os que vivemos, com as instituições que deveriam assegurar o regime democrático agindo de forma arbitrária, ilegal, contra a democracia, os trabalhadores e a maioria do povo.
Os governos de Lula simbolizam o novo país que vinha sendo construído. Um país no qual os jovens negros, os jovens da periferia tiveram oportunidade de acesso à universidade. No qual as famílias mais pobres tiveram a oportunidade de sonhar com a casa própria. Um país em que pela primeira vez em sua história saiu do Mapa da Fome mundial, que alcançou o pleno emprego, onde as mulheres viram seus direitos avançarem. Um país que valorizou o salário mínimo e fez a economia crescer a ponto de colocar o Brasil lado a lado com as grandes potências mundiais.
Um país que desde o golpe está sendo devastado, destruído, retrocedendo à era de mero vassalo dos interesses das grandes corporações capitalistas internacionais, particularmente norte-americanas.
A bancada do PT na Alerj entende que vivemos um momento de extrema gravidade e que é preciso, mais do que
nunca, reagir, resistir.
Por isso, conclamamos a militância petista e de todos os partidos progressistas, os trabalhadores, as mulheres, os jovens negros e pobres, a população das periferias, os democratas, os que não aceitam esse retrocesso a ocupar as ruas e praças em defesa da democracia.
Não voltaremos à escravidão! Os direitos conquistados pela luta dos trabalhadores têm que ser respeitados! Contra o arbítrio e os julgamentos com base em convicções e não em provas! Todo apoio e solidariedade ao presidente Lula!
Contra o fim dos direitos trabalhistas!
Contra a reforma da Previdência!