O ministro das Relações Exteriores e da Defesa do Governo Lula, Celso Amorim, afirmou à CBN que está se sentindo injustiçado como brasileiro e envergonhado como ex-chanceler em virtude da ordem de prisão contra o ex-presidente. Ele disse que o PT vai continuar lutando para que Lula possa concorrer à presidência, mas que a atitude do ex-presidente é pacífica.
“Nós estamos vivendo tempos muito estranhos, em que tudo pode acontecer. O PT certamente vai continuar lutando e nós queremos o Lula livre, para que ele também possa [concorrer]. Já é o favorito de maior parte da população brasileira”, afirmou.
Celso Amorim também disse que o nome dele não é uma alternativa para a candidatura presidencial do PT. Para o ex-ministro, escolher um substituto de Lula agora seria “entregar o que eles querem”.
“Nó vamos tentar segurar a liberdade do presidente Lula e que ele seja elegível. Escolher uma alternativa agora seria entregar o que eles querem, que é tirar o presidente Lula da corrida e dar poder ao Bolsonaro”, disse.
O chanceler disse que é preciso considerar que, dos cinco votos do STF favoráveis ao habeas corpus, três foram de magistrados que não são ligados ao PT ou ao ex-presidente. Ele defende que deveria ter sido dado o benefício da dúvida e afirmou que não tem como ignorar que o julgamento foi político.